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Semantic Analysis Expert

O software Semantic Analysis Expert foi criado com a finalidade de auxiliar pesquisadores na produção científica acadêmica, voltado a revisão sistemática e análise semântica, fornecendo dados, como a quantidade de citações, fator de impacto JCR, Classificação Qualis-CAPES, Periódicos mais publicados, dentre outros, além de possibilitar a criação de redes de palavras-chaves aplicadas ao título ou resumo e também redes de autores. Como resultado o SAE disponibiliza tabelas em excel, gráficos e arquivos para serem utilizados em softwares de análise de rede.

Figura 1 - Tela principal do SAE.
Fonte: O autor.

O fluxo de análise de dados e geração de tabelas, gráficos e rede com a utilização da ferramenta SAE segue cinco etapas (figura 2), O processo tem início através da pesquisa em base de dados (1) de publicações científicas utilizando a ferramenta de busca Mendeley (1.1) ou Scopus (1.2). Em seguida os dados são importados pelo software SAE (2) que auxilia em todo o processo. O SAE incorpora os dados de classificação Qualis-CAPES (3.1) e do JCR impact factor (3.2), podendo fazer o cruzamento dos mesmos (3) com a da base importada. Com a base de dados pronta e tratada, através dos passos descritos, o SAE segue para análise de dados (4), disponibilizando informações como a quantidade de documentos por: ano de publicação (4.1), classificação Qualis, JCR e Citações (4.2), periódicos (4.3), palavras chaves (4.4) e autores 4.5).


Figura 2 - Fluxo de análise de dados e geração de tabelas, gráficos e rede com a utilização do SAE
Fonte: o autor.

Mendeley

Em 2008, três estudantes da Alemanha, criaram o software Mendeley, um dos mais conhecidos gerenciadores de documentos do mercado, sendo adquirido pela Elsevier em 2013 (BATISTA, 2018). Ele apresenta interface para desktop, website e aplicativo mobile. É gratuito e com recursos eficientes no gerenciamento bibliográfico, permitindo armazenamento dos arquivos em disco rígido ou em nuvem (YAMAKAWA, 2014). Também possibilita o compartilhamento dos arquivos pela internet, através da criação de perfis online, permitindo a colaboração na organização, armazenamento e recuperação dos documentos, reunindo mais de seis milhões de usuários em todo o mundo (BORBA, 2019). Segundo Borba (2019), o Mendeley apresenta a melhor cobertura da literatura publicada em todo o mundo.

Scopus

O Scopus é um banco de dados de resumos e citações de publicações científicas, gerando resultados de pesquisa de citações e perfis de pesquisadores e instituições atualizados automaticamente (SCOPUS, 2019). O Scopus é a revisado por especialistas em periódicos científicos, livros e anais de congressos. Fornece ferramentas para rastrear, analisar e visualizar pesquisas nas áreas de ciência, tecnologia, medicina, ciências sociais e artes e humanidades (VINYARD, 2016). Para realizar o Scopus é necessário comprar acesso à plataforma ou utilizar um e-mail institucional de uma instituição filiada.

Marcador Qualis-Periódicos

O Qualis-Periódicos foi criado pela CAPES para classificar a produção científica dos programas de pós-graduação referente a produção de artigos científicos em periódicos baseado nas informações fornecidas pela plataforma Sucupira (CAPES, 2019) e constitui um dos itens principais da avaliação dos programas de pós-graduação. Ela fornece um conjunto de listas contendo títulos de periódicos que tiveram publicações de docentes e discentes dos programas que fazem parte do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SOMA,2016). A classificação é realizada por área de avaliação, como por exemplo: educação, interdisciplinar, dentre outros. Os periódicos recebem um indicativo de qualidade: A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4 e C. O indicativo A1 é o mais elevado e o C menos elevado, na ordem de classificação (CAPES, 2019).

Marcador JCR

O Journal Citation Report (JCR) é uma fontes de dados de citações sobre periódicos que cobre as áreas de ciência e medicina, tecnologia e ciências sociais. A métrica de fator de impacto criada pela JCR é um dos indicadores mais utilizados de qualidade de periódicos e mede a frequência que um artigo de um periódico foi citado em um determinado ano. O fator de impacto fornece uma indicação aproximada do prestígio que um periódico tem em determinada área. Frequentemente, os artigos de periódicos que receberam um fator de impacto alto, são mais citados (Krampl, 2019).

Referencias

BATISTA, Rafael Rodrigo do Carmo. Mendeley e Zotero em cena: O uso da videoaula no ensino de gerenciadores de referência. 2018.

BORBA, Vildeane da Rocha; ALVAREZ, Gonzalo Rubén; CAREGNATO, Sonia Elisa. Análise altmétrica da produção científica das revistas brasileiras em Ciência da Informação Qualis A1 (2011-2017) no Mendeley. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Florianópolis, SC. Florianópolis. Vol. 24, n. 55 maio./ago. 2019), p. 01-20, 2019.

CAPES. Qualis Periódicos e classificação de produção intelectual. Disponível em: http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/qualis-periodicos-e-classificacao-de-producao-intelectual. Acesso em: 12/08/2019.

DE FREITAS, Juliana Lazzaroto; ROSAS, Fábio Sampaio; MIGUEL, Sandra. Estudos métricos da informação em periódicos do Portal SciELO: visibilidade e impacto na Scopus e Web of Science. Palabra Clave (La Plata), v. 6, n. 2, p. 6, 2017.

FENNER, M. Reference management meets Web 2.0. Cellular Therapy and Transplantation, v.2, n.6, p.1-3, 2010.

KRAMPL, A. (2019). Journal Citation Reports. Journal of the Medical Library Association. https://doi.org/10.5195/jmla.2019.646

SCOPUS. O que é o Scopus? Diponível em <https://www.elsevier.com/solutions/scopus>. Acesso em 12/08/2019.

SOMA, N. Y., Alves, A. D., & Yanasse, H. H. (2016). O Qualis Periódicos e sua utilização nas avaliações. Revista Brasileira de Pós-Graduação. https://doi.org/10.21713/2358-2332.2016.v13.1128

VINYARD, M., & Whitt, J. (2016). Scopus. The Charleston Advisor. https://doi.org/10.5260/chara.18.2.52
YAMAKAWA, Eduardo Kazumi et al. Comparativo dos softwares de gerenciamento de referências bibliográficas: Mendeley, EndNote e Zotero. Transinformação, v. 26, n. 2, p. 167-176, 2014.

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